Salários de R$ 10 mil a R$ 20 mil em 2025: 5 carreiras pouco conhecidas que disparam no Brasil e como se qualificar

Levantamentos recentes mostram que áreas de nicho com escassez de talentos estão pagando de R$ 10 mil a R$ 20 mil por mês em 2025. Veja quais cargos puxam a fila, salários, competências e certificações exigidas.
A valorização salarial em 2025 está concentrada em funções estratégicas e pouco disputadas, onde faltam profissionais qualificados. Enquanto o rendimento médio do trabalho no país ficou em R$ 3.477 no 2º trimestre de 2025, algumas carreiras multiplicam esse valor por três ou até seis vezes, principalmente em tecnologia, energia e finanças quantitativas.
Relatórios salariais de consultorias e bases oficiais indicam faixas entre R$ 10 mil e R$ 20 mil para cargos que nem sempre estão no radar de quem busca recolocação. Em tecnologia, por exemplo, engenharia de dados e cibersegurança seguem entre as mais disputadas; na indústria, automação avança com a Indústria 4.0; em finanças, o atuariado cresce com previdência e seguros; e no óleo e gás, a engenharia de petróleo/reservatórios permanece com remunerações altas.
A pauta também ganhou tração em veículos especializados ao listar “profissões pouco conhecidas” com salários de cinco dígitos, o que reforça a tendência observada nos dados de mercado e nas fontes oficiais consultadas nesta matéria.
Engenheiro de automação: demanda da Indústria 4.0 e salário no teto de R$ 19 mil a R$ 20 mil
Com a digitalização de plantas, CLPs e sensores conectados, o engenheiro de automação aparece entre os mais valorizados. Em 2025, a faixa nacional registrada em dados do CAGED aponta piso acima de R$ 11 mil e teto próximo de R$ 19,6 mil. Em capitais industriais como Rio e São Paulo, o teto passa de R$ 20 mil.
O trabalho envolve integração de sistemas, programação de controladores, redes industriais, MES e segurança funcional. Em processos contínuos, a habilidade para reduzir paradas e elevar OEE é diferencial que se converte em bônus e PLR.
Para se destacar, vale investir em CREA ativo, NR-10/NR-12, Six Sigma e gestão de projetos. Consultorias de recrutamento listam automação e robótica entre as competências técnicas mais procuradas para 2025.
Cibersegurança: de analista sênior a coordenador, faixas entre R$ 14 mil e R$ 23 mil
A explosão de ataques, LGPD e migração para nuvem mantêm a segurança da informação no topo das prioridades. Em 2025, guias salariais mostram analistas sênior entre R$ 14 mil e R$ 17 mil e coordenadores chegando a R$ 23,7 mil, dependendo do porte da empresa e da região.
No dia a dia, times atuam em resposta a incidentes, gestão de vulnerabilidades, red team e governança. Organizações valorizam quem consegue traduzir risco técnico em risco de negócio e estruturar métricas.
As certificações mais aceitas incluem CompTIA Security+, CEH, CISSP, CISM e CISA, úteis para trilhas técnica e gerencial. Guias de carreira e treinamentos de 2024–2025 seguem apontando esse conjunto como referência para ascensão.
Atuário: análise de risco em seguros e previdência com teto próximo de R$ 18 mil
Pouco conhecido fora do mercado financeiro e segurador, o atuário modela riscos, provisionamentos e solvência em seguros e previdência. Dados de 2025 indicam média nacional em torno de R$ 8,9 mil e teto perto de R$ 17,9 mil, com variações por estado e segmento.
A carreira exige sólida base em probabilidade, estatística e finanças, além de domínio de programação aplicada. Para atuar com credibilidade, é fundamental acompanhar o Instituto Brasileiro de Atuária (IBA), que organiza exames e trilhas de certificação e apoia a formação continuada do setor.
O avanço dos RPPS e o envelhecimento populacional ampliam a demanda por especialistas capazes de avaliar sustentabilidade atuarial e compliance regulatório, inclusive em órgãos de controle e auditoria pública.
Engenharia de petróleo e reservatórios: nicho que preserva salários na casa dos R$ 15 mil a R$ 22 mil
Mesmo com ciclos de preço do barril, a engenharia de petróleo segue oferecendo remuneração elevada em operações onshore e offshore, em especial nas funções de reservatórios e produção. Uma referência recente estimou média nacional acima de R$ 20 mil para engenheiros de petróleo, reforçando a atratividade do nicho.
O escopo inclui simulação de reservatórios, análise petrofísica, elevação artificial e otimização de malhas de produção, com forte uso de dados. Conhecimento em segurança de processo e integridade de ativos conta pontos.
Formações correlatas, como engenharia química voltada a petróleo e petroquímica, também exibem medianas e tetos nos cinco dígitos, conforme recortes estaduais, reforçando a pujança do cluster de óleo e gás.
Engenheiro de dados e cientista de dados: patamares de R$ 16 mil a R$ 20 mil
Na economia orientada a dados, engenharia de dados e data science são pilares de produtos digitais e analytics. Tabelas salariais de 2025 mostram engenheiros de dados em R$ 16 mil a R$ 20 mil nas empresas médias e grandes e cientistas de dados chegando a R$ 18 mil a R$ 20 mil no topo.
As responsabilidades vão da construção de pipelines e governança à modelagem preditiva e MLOps. As stacks mais pedidas combinam Python, SQL, Spark, nuvem e ferramentas de orquestração.
O diferencial está na capacidade de ligar métricas de negócio à arquitetura de dados e priorizar iniciativas com ROI comprovado. Empresas tendem a remunerar acima da média quem entrega impacto direto no faturamento.
Por que esses salários sobem mais que a média e como entrar nessas áreas
Há dois fatores centrais: escassez de talento e alto impacto no negócio. Funções que reduzem risco operacional, protegem dados, liberam capacidade produtiva ou geram novas receitas recebem prêmio salarial. Isso explica a distância em relação ao rendimento médio do trabalho no país.
Para entrar, foque em uma rota clara: graduação aderente, projetos práticos, portfólio e certificações específicas. Em engenharia, destaque para CREA, Six Sigma e PMP; em TI, trilhas como Security+, CEH, CISSP e especializações em dados; em finanças, acompanhar exames e formações do IBA. Guias salariais de 2025 reiteram que certificações e experiência comprovada aceleram a progressão para as faixas de R$ 10 mil a R$ 20 mil.
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