Quatro trabalhos remotos que já pagam acima de R$ 8 mil em 2025 e como começar usando só um notebook
O interesse por trabalho remoto continua elevado no Brasil. Em janeiro de 2025, as buscas por home office no Google atingiram um dos maiores picos desde a pandemia, sinalizando que o modelo segue atraindo profissionais e empresas que valorizam flexibilidade e produtividade com custos menores.
Ao mesmo tempo, as preferências e a prática vêm se ajustando. Levantamento da Robert Half mostra que a maioria dos profissionais prefere modelos híbridos com flexibilidade, enquanto as empresas ainda calibram quantos dias presenciais pedem no escritório. O infográfico de 2025 da consultoria detalha percentuais de preferência, dias no escritório e razões para manter algum grau de presencialidade, como cultura e colaboração.
Para funções de tecnologia e dados, a procura segue aquecida. A Brasscom destaca que, em 2025, cargos ligados a dados, segurança da informação e gestão de projetos continuam entre os mais demandados, reforçando um cenário de valorização salarial que beneficia carreiras compatíveis com o formato remoto.
Engenheiro de Dados remoto: pipelines, nuvem e análise com salários acima de R$ 8 mil
O Engenheiro de Dados cria e mantém pipelines que transformam informação bruta em dados utilizáveis para times de produto e negócio. No dia a dia, a rotina combina SQL e Python, ferramentas de orquestração, governança e serviços de nuvem. É uma função naturalmente distribuída, já que muitas tarefas são assíncronas e baseadas em repositórios e esteiras de implantação.
Em 2025, a média nacional para Engenheiro de Dados está em cerca de R$ 14,2 mil por mês, com teto superior a R$ 29 mil, segundo dados oficiais compilados pelo Portal Salário a partir do CAGED. Em capitais como São Paulo, o piso de referência supera R$ 17 mil, o que reforça o potencial de ganhos acima de R$ 8 mil já a partir do nível pleno.
Além de dados oficiais, painéis de mercado indicam faixas típicas na casa de dois dígitos para engenheiros plenos e sêniores, o que ajuda a explicar por que a carreira aparece entre as mais cobiçadas no trabalho remoto em TI.
Cientista de Dados remoto: modelagem, métricas e decisão com médias acima de R$ 10 mil
O Cientista de Dados explora bases, cria modelos e transforma resultados em insights para decisão. A rotina mistura estatística, machine learning, visualização e entendimento do negócio. No remoto, o fluxo se apoia em versionamento, notebooks e rituais de comunicação claros.
Para 2025, a média nacional do Cientista de Dados supera R$ 10 mil por mês, com teto próximo de R$ 19,7 mil, segundo o Portal Salário. No recorte de São Paulo, o piso salarial de referência também é elevado, refletindo a concentração de empresas e startups que contratam no formato remoto ou híbrido. Esses números confirmam que a carreira se mantém entre as mais bem pagas do ecossistema digital.
Painéis de vagas corroboram a demanda contínua por cientistas no Brasil, inclusive com oportunidades explicitamente remotas, o que favorece profissionais com portfólio e especialização.
Product Manager remoto: estratégia, discovery e métricas com faixas de R$ 11 mil a R$ 17 mil
O Product Manager (PM) conecta visão de negócio, necessidades do usuário e capacidade técnica. O papel envolve discovery, priorização, roadmap, métricas e alinhamento entre times. Em operações remotas, a clareza de documentação e rituais de comunicação é crítica para manter ritmo e qualidade de entrega.
Em 2025, referências de mercado mostram faixas típicas de R$ 11 mil a R$ 17 mil para PM Pleno, com PM Sênior podendo chegar a R$ 25 mil. A tendência confirma que gestão de produto segue valorizada, especialmente em empresas digitais e B2B SaaS.
Dados de painéis salariais por senioridade também indicam médias acima de R$ 15 mil por mês para Senior Product Manager em grandes centros, o que sustenta a tese de remuneração elevada em contextos remotos e híbridos.
Segurança da Informação remoto: do SOC à estratégia com médias a partir de R$ 8,5 mil
A área de Segurança da Informação ganhou prioridade diante do aumento de incidentes e da migração para nuvem. No remoto, processos maduros de gestão de vulnerabilidades, resposta a incidentes e conformidade são ainda mais importantes, assim como a educação de usuários e a postura de Privacy by Design.
No Brasil, o Analista de Segurança da Informação tem média nacional de R$ 8,5 mil por mês em 2025, com teto acima de R$ 18 mil, conforme dados atualizados do Portal Salário. Estudos setoriais da Michael Page reportam média semelhante, reforçando a consistência do patamar. É um eixo de carreira com escassez de talentos, em que certificações e experiência prática aceleram a transição para níveis sêniores.
Relatórios de demanda da Brasscom apontam segurança entre as funções com maior necessidade para 2025, o que tende a sustentar remuneração competitiva e oferta de vagas em regime remoto.
Como começar no trabalho remoto de alto salário: certificações, portfólio e estratégia
Defina seu trilho de aprendizagem. Para Engenharia de Dados, priorize Python, SQL, modelagem dimensional, orquestração e serviços de nuvem. Para Ciência de Dados, aprofunde estatística, ML supervisionado e não supervisionado, avaliação de modelos e storytelling de dados. Em Produto, estude discovery, priorização, experimentos, OKRs e métricas de produto. Em Segurança, siga frameworks como NIST e ISO 27001, além de SIEM, IAM e resposta a incidentes.
Construa um portfólio público. Hospede projetos no GitHub e descreva objetivos, decisões e resultados de forma objetiva. Replique pipelines, crie notebooks com datasets públicos, desenvolva dashboards e escreva estudos de caso que evidenciem impacto. Para Produto, publique PRDs e análises de métricas. Para Segurança, demonstre laboratórios de hardening, detecção e playbooks.
Aproveite a demanda atual. Guias salariais e infográficos de 2025 mostram que a combinação de flexibilidade e qualificação segue no centro da estratégia de empresas e profissionais. Isso significa que investir em certificações e aprendizado contínuo aumenta a elegibilidade para vagas remotas com remuneração acima de R$ 8 mil, sobretudo em tecnologia, dados e segurança.
Por fim, trate a candidatura como um projeto. Ajuste currículo para cada vaga, destaque provas de resultado e use cartas de apresentação curtas com foco em contexto, ação e impacto. Mantenha presença ativa em comunidades e participe de seleções que explicitam trabalho remoto. A combinação de fundamento técnico, comunicação clara e portfólio aplicável multiplica suas chances de avançar em processos.
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Sobre o Autor
Geovane Souza é Jornalista e especialista em criação de conteúdo na internet, ações de SEO e marketing digital, e redator no blog O Emprego dos Sonhos.
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