7 profissões com salários acima de R$ 8 mil e falta urgente de profissionais no Brasil

7 profissões com salários acima de R$ 8 mil e falta urgente de profissionais no Brasil
Foto: Profissionais em alta
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Conheça 7 profissões com salários acima de R$ 8 mil e alta demanda no Brasil. Veja quais áreas enfrentam escassez de mão de obra e oferecem grandes oportunidades de crescimento.

Em um país com quase 9 milhões de desempregados, pode parecer contraditório falar em escassez de mão de obra. Mas a verdade é que, em diversas áreas do mercado brasileiro, faltam profissionais qualificados para ocupar vagas com salários acima de R$ 8 mil — e isso está se tornando um desafio urgente para empresas de todos os setores.

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As chamadas profissões em alta não são necessariamente novas, mas vêm enfrentando um descompasso entre oferta e demanda. Em outras palavras: há vagas, bons salários e benefícios, mas não há gente suficientemente preparada para preenchê-las.

A seguir, listamos 7 profissões com salários acima de R$ 8 mil e grande escassez de mão de obra no Brasil, segundo dados de consultorias de RH, plataformas de recrutamento e entidades do setor.

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1. Desenvolvedor de Software

A transformação digital acelerada criou uma verdadeira corrida por profissionais da tecnologia. Desenvolvedores de software são hoje um dos perfis mais procurados — e também mais escassos — no país.

Segundo a Brasscom, o Brasil precisará de cerca de 800 mil profissionais de TI até 2025, mas forma apenas metade disso anualmente. Como consequência, os salários têm disparado, principalmente para quem domina linguagens como Python, Java, React e Node.js.

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Salário médio: R$ 10.000 a R$ 15.000
Cenário: startups, bancos, empresas de tecnologia e multinacionais
Motivo da escassez: formação técnica insuficiente e fuga de talentos para o exterior (via trabalho remoto)

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2. Engenheiro de Dados

Com o crescimento do uso de big data, inteligência artificial e analytics, o engenheiro de dados se tornou essencial nas empresas. É ele quem organiza, estrutura e otimiza o tráfego de dados dentro dos sistemas corporativos.

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É uma das profissões em alta com maior valorização nos últimos três anos — e uma das mais difíceis de preencher, especialmente fora dos grandes centros urbanos.

Salário médio: R$ 12.000 a R$ 20.000
Cenário: empresas de tecnologia, e-commerce, saúde, finanças e agronegócio
Motivo da escassez: exigência técnica elevada e rápida evolução das ferramentas

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3. Médico Especialista

Apesar de o Brasil formar milhares de médicos por ano, faltam especialistas em áreas como anestesiologia, neurologia, cirurgia vascular e medicina do trabalho. Hospitais privados, clínicas e operadoras de saúde enfrentam grande dificuldade em encontrar esses profissionais.

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Além do alto salário, há vagas com benefícios robustos, carga horária flexível e contratação em regime CLT ou PJ.

Salário médio: R$ 12.000 a R$ 30.000 (dependendo da especialidade)
Cenário: hospitais, clínicas particulares, operadoras de plano de saúde
Motivo da escassez: demora na formação e concentração de especialistas em grandes capitais

4. Engenheiro Civil com foco em infraestrutura

O crescimento dos investimentos em obras públicas, construção pesada, saneamento e energia renovável criou alta demanda por engenheiros civis especializados em infraestrutura. A retomada de projetos após a pandemia acentuou o problema da falta de mão de obra qualificada.

Profissionais com experiência em obras de grande porte, gerenciamento de equipes e certificações técnicas têm sido disputados a peso de ouro por construtoras.

Salário médio: R$ 9.000 a R$ 18.000
Cenário: construtoras, empresas de energia, obras públicas e privadas
Motivo da escassez: envelhecimento da base profissional e redução no número de formandos

5. Gerente de Projetos (PMO)

gerente de projetos com certificação PMP ou Agile vem sendo valorizado em empresas de médio e grande porte que passaram por reestruturação digital ou expansão. Sua função é coordenar equipes, prazos e resultados em diferentes áreas.

Apesar de não ser uma profissão nova, a exigência de perfil multidisciplinar, domínio de metodologias ágeis e fluência em inglês tem afunilado o mercado.

Salário médio: R$ 10.000 a R$ 16.000
Cenário: empresas de tecnologia, saúde, indústria, construção e finanças
Motivo da escassez: alta exigência técnica e comportamental

6. Advogado Tributário ou Empresarial

No mundo corporativo, o advogado com especialização em direito tributário, societário ou empresarial está entre os mais bem remunerados — e raros. As empresas buscam profissionais capazes de lidar com reformas tributárias, fusões, auditorias e riscos regulatórios.

Segundo dados da Catho e do portal Vagas.com, as posições de advogado sênior em direito empresarial estão entre as mais difíceis de preencher com qualidade técnica e fluência em compliance.

Salário médio: R$ 9.000 a R$ 25.000
Cenário: escritórios de advocacia, empresas multinacionais, fintechs, startups
Motivo da escassez: baixa especialização prática e alta demanda por perfis híbridos (jurídico + negócios)

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7. Técnico em Mecatrônica ou Automação Industrial

Essa pode ser uma surpresa para muitos, mas profissões técnicas também figuram entre as que pagam mais de R$ 8 mil, principalmente na indústria 4.0. Técnicos em mecatrônica e automação são indispensáveis em linhas de produção robotizadas, manutenção de sensores e integração de sistemas industriais.

A demanda é forte no setor automotivo, químico, farmacêutico e de alimentos, mas há carência de formação técnica alinhada à prática real das fábricas modernas.

Salário médio: R$ 8.000 a R$ 12.000 (com experiência e certificações)
Cenário: indústrias automatizadas, multinacionais, centros logísticos
Motivo da escassez: falta de atualização curricular em escolas técnicas e evasão escolar

Por que há tanta escassez de mão de obra em áreas bem remuneradas?

A escassez de mão de obra em profissões com salários acima de R$ 8 mil no Brasil se deve a diversos fatores combinados:

  • Desalinhamento entre a formação acadêmica e as necessidades do mercado;
  • Baixo investimento em educação técnica e tecnológica;
  • Êxodo de profissionais qualificados para o exterior (brain drain);
  • Demora na formação em áreas complexas como saúde, engenharia e TI;
  • Crescimento acelerado de setores como tecnologia, energia e logística, que demandam perfis raros.

Enquanto isso, empresas seguem disputando talentos com altos salários, bônus, home office e planos de carreira agressivos — e ainda assim enfrentam dificuldade para fechar vagas críticas.

Como se preparar para ocupar essas vagas em alta?

Para quem deseja entrar nessas profissões com salários acima de R$ 8 mil, o caminho pode incluir:

  • Investir em qualificação técnica e certificações reconhecidas (como PMP, AWS, SCRUM, etc.);
  • Acompanhar tendências do mercado em áreas como IA, ESG, digitalização e logística inteligente;
  • Desenvolver habilidades comportamentais (soft skills), como liderança, comunicação e resiliência;
  • Buscar estágios e experiências práticas, mesmo em projetos pequenos;
  • Aprender inglês e ferramentas digitais essenciais para atuação global.

O Brasil vive um paradoxo: tem desemprego, mas também falta de mão de obra especializada. E é nesse cenário que surgem as grandes oportunidades para quem está preparado.

As profissões com salários acima de R$ 8 mil não são exclusivas de executivos ou cargos de chefia. Muitas delas estão ao alcance de profissionais técnicos, especialistas e até de recém-formados com boas certificações.

O que essas áreas têm em comum é a escassez de mão de obra qualificada, que transforma bons profissionais em peças-chave para o crescimento de empresas e setores estratégicos.

Se você está em busca de recolocação ou de uma nova carreira, essas 7 profissões em alta podem ser seu próximo passo — desde que você invista no preparo certo, com foco, dedicação e visão de futuro.

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Sobre o Autor

Valdemar Medeiros
Valdemar Medeiros

Sou Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escrevo sobre Vagas de emprego, Indústria Automotiva, Energias Renováveis e outras oportunidades do mercado de trabalho.

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